anuário
2013
das Sociedades de Advogados
10
número, a aposta não deixa de verificar-se
igualmente em Cabo Verde, São Tomé e Prínci-
pe, Guiné-Bissau e Timor-Leste.
No espaço da União Europeia a vizinha Espanha
surge como o país que maior número de socie-
dades portuguesas atrai. De novo em regime
de parceria ou com escritórios próprios, assina-
lam-se 22 presenças naquele mercado. Segue-
-se-lhe o Reino Unido, onde um conjunto de
oito escritórios estão presentes directamente
ou através de parcerias com sociedades locais.
Há contudo outras geografias que se destacam
pela forte aposta que parecem suscitar. Seja na
zona económica de Macau, seja nas cidades
de Pequim ou de Xangai, a China apresenta-se
como um destino que parece suscitar uma cada
MECADOS LUSÓFONOS NO TOPO DA
INTERNACIONALIZAÇÃO
Brasil, Angola e Moçambique reforçam este
ano as posições de destaque nas apostas de
internacionalização que as sociedades de ad-
vogados nacionais estão a fazer. Exportar ou
investir lá fora foram ideias reforçadas em2012,
razão pela qual a edição deste ano do In-Lex
regista um acréscimo no número de parcerias
ou de escritórios próprios entre o grupo das
141 sociedades que marcam presença no anuá-
rio. São 57 as firmas com presença directa ou
indirecta no exterior – 40% do Universo In-Lex.
A crise interna a isso obriga e as sociedades
de advogados, seguindo as empresas clientes
ou por estratégia própria, têm correspondido.
Com base nos indicadores do presente direc-
tório, que servem também de retrato ao com-
portamento da advocacia societária, é possível
inferir a existência de uma aposta crescente
nos mercados externos e, particularmente,
naqueles onde se fala português.
Pela proximidade linguística e cultural, mas
também pelas oportunidades de negócio que
oferecem, Brasil e Angola são os destinos pri-
vilegiados pelos empresários nacionais e, por
consequência, os países onde as sociedades de
advogados mais se fazem representar. Com o
primeiro dos mercados, 60% das 57 firmas de
advocacia que apostaram na internacionaliza-
ção (34 escritórios) dizem manter alguma es-
pécie de ligação a escritórios locais ou através
de espaços próprios. Com Luanda, tal sucede
relativamente a 56% (32 escritórios) desses
mesmos “players”. Entre os três primeiros desti-
nos surge ainda Moçambique, com uma repre-
sentação de 23 escritórios.
Os restantes países africanos de expressão
lusófona são também procurados. Em menor
vez maior procura. De acordo com os indicado-
res constantes desta 8.ª edição do In-Lex, são 16
as sociedades representadas neste País, sendo
que 10 estão presentes no antigo território sob
administração portuguesa e os restantes seis nas
duas principais cidades chinesas.
É pois possível constatar que as principais socie-
dades de advogados nacionais estão, hoje em
dia, presentes ou com capacidade para se faze-
rem representar num conjunto de 38 países, dos
quais seis em regime de estreia. São eles a África
do Sul, a República Democrática do Congo, a
Bolívia, a Colômbia, o Paraguai e a Venezuela.
Porém, as ligações que mantêm com redes ou
associações internacionais permitem-lhes asse-
gurar serviços de assessoria jurídica em merca-
dos dos quatro cantos do mundo.