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TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO
MUNDO CADAVEZ MAIS DIGITAL
TAMBÉMTEM“SIMPLIFICADORES”
Este é um mundo cada vez mais digital e
os profissionais jurídicos não escapam a esta
realidade. Bases de dados, legislação, acór-
dãos, ligações aos tribunais, ao Ministério da
Justiça ou à Autoridade Tributária e Aduaneira,
tudo está disponível, é feito, ou a ele se acede
através das novas tecnologias de informação
(TI). Saber usar e interpretar as leis e defender
os interesses dos clientes é um papel que cabe
aos advogados, mas quando o computador fa-
lha e os prazos ficam em risco, tem que haver
quem ajude e simplifique. Os “simplificadores”
são os profissionais de TI. Alguém que tem de
responder, “se preciso for, 24 horas por dia e
365 dias por ano”.
Tiago Pinto Ferreira, sub-director financeiro e
administrativo de uma sociedade de advoga-
dos, lembra que “a advocacia como profissão
liberal tem a particularidade de poder ser
exercida em qualquer local e a qualquer hora
do dia”. Na perspectiva deste membro do IT4
Legal - grupo informal dedicado à partilha e
divulgação de saberes acerca de sistemas de
informação nos escritórios de advocacia - tal
significa que os profissionais de TI “têm de
acompanhar a mobilidade existente e o seu
trabalho poderá ser exigido durante as 24
horas do dia e nos 365 dias do ano”.
Trabalhar as tecnologias de informação num
escritório de advocacia é, assim, estar perma-
nentemente de serviço. Mas não só, significa
também que é preciso olhar para as especifi-
cidades da actividade “core” da organização.
Rui Vaz, responsável pelo departamento de
TI de uma firma de advocacia, sublinha que a
essência desta profissão jurídica “passa pelo
conhecimento”. Ora esse é um aspecto a que
os responsáveis pelos sectores de TI mais ên-
fase dão, “seja através da garantia de acesso a
bases de dados externas, legislação, acordos,
quer através da disponibilização dos conteúdos
produzidos dentro das próprias sociedades, ou
sejam documentos produzidos para clientes”.
Rui Vaz adianta que intrinsecamente associada
ao conhecimento está a segurança dos dados,
quer pela sua confidencialidade, quer pelo seu
valor para o negócio. É nesse sentido que vai o
raciocínio de Rui Simões, advogado e também
...
O papel dos profissionais
das tecnologias de infor-
mação numa sociedade
de advogados passa em
muito por identificar
dificuldades e encontrar
soluções para o bom
funcionamento das orga-
nizações onde trabalham.
“ENQUANTO GRUPO, O NOSSO
OBJECTIVO É DISCUTIR A
POSSIBILIDADE DO USO DAS
TECNOLOGIAS DE INFORMA-
ÇÃO POR TODOS OS PROFIS-
SIONAIS JURÍDICOS, QUE NÃO
APENAS OS ADVOGADOS,
DE MODO A QUE POSSAM
ATINGIR OS SEUS OBJECTIVOS
DA MELHOR FORMA, NUM
MUNDO QUE É CADA VEZ MAIS
DIGITAL.”
RICARDO NEGRÃO
Director de Sistemas e Tecnologias de Informação
Membro do IT4Legal