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editorial
PREPARADOS PARA A NOVA ERA
Entramos no início do final da crise. Sem podermos ainda dizer que a crise terminou, para as sociedades de advogados,
como para alguns sectores do país, o ano de 2013 acabou por ser melhor do que o antecipado. O novo ano promete
acrescentar trabalho em áreas típicas das primeiras fases da retoma e do regresso do investimento. Esperam-se mais
negócios de fusões e aquisições. Mas tambémmais actividade na área fiscal, onde vivemos uma reforma do IRC. E sem
quebras nas actividades que ainda são produtos da crise.
O pior já parece aqui também pertencer ao passado. Não sem ter deixado as suas marcas.
As sociedades de advogados são hoje mais internacionalizadas e exportadoras. O mundo lusófono é a sua casa pre-
ferencial. Mas seguindo, e não por acaso, as grandes tendências dos negócios, a China e os Estados Unidos também
vivem nas estratégias de internacionalização.
A morosidade da justiça continuará a ser o grande tema associado às políticas públicas tal como a reforma do mapa
judiciário. As reformas agendadas no Memorando de Entendimento com a troika, que se concluirá em Maio deste
ano, apesar de elogiadas não parecem ainda ter revelado as suas virtudes. Por exemplo, no “Doing Business” não se
identificam progressos na protecção de investidores, na execução de contratos e nas insolvências.
No universo dos advogados a vida será um pouco como dantes. A eleição da nova bastonária, Elina Fraga, revela uma
evolução na continuidade do discurso e da acção da Ordem de Marinho Pinto. Reflexos, também, de um sector que se
transformou com divisões.
O anuário In-Lex na sua nona edição traça o retrato de mais de uma centena de sociedades de advogados em Portugal.
Fotografias que revelam já a adaptação a uma nova realidade, mais virada para exterior, fruto da crise, e preparada para
as novas actividades, típicas da retoma.
Tempos de PESO
Com mais de 550 gramas, esta edição do In-Lex conquista pela nona vez o título de “peso-pesado” dos directórios na-
cionais. Este resultado é fruto da sua capacidade de inovar, mantendo os parâmetros de qualidade num nível elevado,
e de ser fiel à sua proposta de valor. Mas não só.
Este peso deve-se essencialmente às sociedades de advogados que nele participam e, que uma vez mais, aderiram em
força a este projecto. São 164 páginas, que reúnem a informação de 133 sociedades de advogados, com presença em
17 localidades do país. O “peso” desta representatividade torna o Anuário In-Lex no directório de referência do sector,
dando a conhecer as diferentes realidades societárias às empresas, faculdades e a todos aqueles que procuram informa-
ção relevante e objectiva sobre sociedades de advogados. A razão da sua existência é assim a razão das suas conquistas.
O ano de 2013 foi também um ano de peso, mas não pelas melhores razões. O cenário repetido de crise económica,
política e social, obrigou o tecido empresarial a encontrar alternativas e soluções capazes de manter a viabilidade dos
seus negócios, tendo sido crucial a capacidade das sociedades de advogados se adaptarem também a este contexto
adverso, mostrando aos seus clientes o apoio, a confiança e a segurança necessárias para os acompanharem e ajuda-
rem a ultrapassar os desafios da crise. Avizinha-se a retoma em 2014, mas sem euforias, sendo já visíveis alguns sinais
de mudança nesta edição do In-Lex.
O peso do In-Lex não se justifica com excessos, não tem gorduras, não tem desperdícios. Resulta sim do músculo e da
força das sociedades que nele participam. É disto que se trata neste anuário, um manifesto de força e confiança do
sector aos seus clientes, associado a um projecto de peso no panorama nacional.
HELENA GARRIDO
Directora do Jornal de Negócios
joão moura
Director da In-Lex