As projeções positivas sobre a evolução da economia nacional sustentam que o comportamento a esperar este ano do mercado português da prestação de serviços jurídicos às empresas deverá seguir a mesma linha de 2019. Para alguns players do setor, 2020 deverá ser de continuidade ao nível do trabalho prestado aos clientes. No entanto, com uma economia particularmente exposta ao exterior, também surgem os alertas, tendo em conta a indefinição que se afigura em torno da conjuntura externa.
Do Brexit à situação na República Popular da China - a braços desde o início do ano com um grave problema de saúde pública, que tem vindo a estender-se a todo o mundo, causado por um novo coronavírus -, passando pelas indefinições em torno da evolução da economia europeia, são vários os receios que não são descartáveis.
Em condições normais, o mercado nacional da prestação de serviços jurídicos não deverá apresentar alterações muito significativas ao longo deste ano, consideram os players da advocacia que dá apoio às empresas. Neste âmbito, o imobiliário, o turismo, a energia ou o setor financeiro estão entre as áreas que poderão destacar-se em 2020, à semelhança do sucedido no ano transato.
De acordo com as últimas previsões económicas, Portugal deverá continuar a crescer em 2020, mas um ritmo mais lento do que em 2019, embora ao nível das contas públicas esteja previsto o primeiro superavit dos últimos longos anos. Contudo, se na equação fatores conjunturais como a instabilidade politica no Reino Unido, a ‘guerra’ comercial entre os Estados Unidos e o resto do mundo, a aparente recessão que ameaça a Alemanha, ou em Portugal, a nova ‘geometria’ de governação que saiu das últimas eleições, torna-se evidente que, dizem alguns dos atores do mercado, 2020 será um ano de maiores desafios por comparação a 2019....In Anuário 2020
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