A inteligência artificial poderá substituir os advogados? Os especialistas em novas tecnologias não acreditam, mas admitem que haverá uma mudança de paradigma no modo como aqueles profissionais trabalham e na forma como oferecem os seus serviços aos clientes.
Diz-se que os “robôs” estão a chegar aos escritórios de advogados. Na prática, do que estamos a falar? De uma profissão em risco? Ou de uma complementaridade para quem trabalha no sector? Uma coisa é certa, a inteligência artificial está a desencadear uma mudança de paradigma na forma como os advogados hoje exercem a sua actividade e no modo como vão oferecer os seus serviços aos clientes. Contudo, entre os especialistas nesta área existe uma certeza: emoções humanas como a empatia, capacidade de improvisação e bom senso são exemplos de características que, nos tempos mais próximos, continuarão fora do alcance da inteligência artificial, o que torna o trabalho do advogado absolutamente essencial.
Rui Vaz, director de tecnologias de informação numa sociedade de advogados e dirigente da associação IT4Legal, sustenta que, quando falamos da entrada dos robôs nas sociedades de advogados reportamo-nos, essencialmente, “aos sistemas informáticos que permitem executar tarefas muito complexas com grande precisão e rapidez através da análise e processamento de informação”. Estas podem traduzir-se, nomeadamente, no apoio à tomada de decisão, em encontrar padrões relevantes ao negócio, em informação relevante numa determinada área ou no processo de análise de risco. ...In Anuário 2018
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