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Nova Realidade 15-02-2018
Fotografia A desmaterialização da Justiça está já a fazer o seu caminho, mas muito está ainda por fazer. Mas há ainda um longo caminho a percorrer, até que o trabalho dos “robôs” se estenda, de um modo mais abrangente, ao sistema como um todo. Seja como for, para os especialistas em tecnologias de informação a perspectiva é de que será muito difícil no futuro a inteligência artificial não estar presente em todas as áreas da sociedade. E aí, naturalmente, também está a Justiça.
“Acho impensável que processos com volume de informação, complexidade e dimensão enormes não sejam suportados por soluções ou ferramentas de gestão de informação. É desproporcional o uso de recursos humanos e físicos para processar e gerir volumes exponenciais de dados digitais ou contidos em suporte digital que suplantam a capacidade humana”, evidencia Carina Branco. A fundadora da Techlawyers entende, aliás, que a “eficiência e agilidade da Justiça podem ser amplamente melhorados com o uso racional de tecnologia adequada”.
Para o presidente da IT4Legal, Ricardo Negrão, “é muito importante que as outras profissões jurídicas tenham a capacidade de usar estes recursos, pois a Justiça é feita com base no equilíbrio de forças entre os Juízes, Procuradores e Advogados”. Isto porque se uma das partes possui melhores recursos que os outros, isso “origina um desequilibro que leva a uma Justiça menos célere, mais cara, e menos compreendida pelos cidadãos”. ...In Anuário 2018
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