"Portugal 2012, país intervencionado. Dependente de financiamento auxiliar, temente a um programa de governação imposto, sujeito a humores terceiros, a lições de moral de eleitos que não elegemos, a variações de taxas de juro, a vertigens dos mercados financeiros. Qual é a lei num país que se diz perdido de autonomia democrática, de soberania económica, de autodeterminação temporária? Que lei é esta se a própria Constituição sai do meio da estrada, não já do progresso, mas da salvação? É a lei do mais fraco...
…A informação sistematizada nas páginas desta sétima edição do Anuário das Sociedades de Advogados é, tendo em conta as tempestades que trovejam sobre Portugal, não só impressionante como impressiva. Como sempre, são sociedades que dizem “presente” aos clientes mais afoitos, aflitos ou afortunados. Como nunca, insistem e resistem a uma economia que pede à iniciativa e ao rasgo o que não consegue dar em prosperidade generalizada. É por isso que estas sociedades não representam apenas o País de lés a lés, em todas as dimensões, valências e geografias, mas também a lei que nos rege, protege e ergue. Portugal está fraco mas não é fraco. A lei prevalecerá, de novo, sempre. Como o País. Como LE X. “Dura Lex, Sed Lex”, não é?”…Pedro Santos Guerreiro - Director do Jornal de Negócios, In Anuário 2012
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