É uma organização sem fins lucrativos e de voluntariado que desempenha um papel fulcral no apoio a quem é vítima de infrações penais. Fundada em 1990, a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) é uma instituição particular de solidariedade social e foi responsável por dar notoriedade pública a um tipo de crime que muitas vezes se esconde entre paredes: a violência doméstica. João Lázaro, presidente da associação, explica nesta entrevista o trabalho que é realizado pela entidade que lidera, onde o importante é escutar sem fazer juízos de valor, porque, como sublinha, “as vítimas, regra geral, sentem-se culpadas pelo que lhes aconteceu” e a forma de as ajudar é conseguir “construir uma relação de apoio, através da validação da história e da informação sobre os seus direitos”.
A perceção pública é de que a APAV é uma associação direcionada para apoiar asvítimas de violência doméstica, mas a vossa missão estende-se a outras realidades, não é verdade?
A violência doméstica é uma das partes mais visíveis do trabalho da APA V do ponto de vista mediático, porque está claramente no top dos crimes mais reportados em Portugal. É um crime com um impacto imenso. Aliás, tem sido uma grande conquista o apoio da sociedade às vítimas de violência doméstica. De todo o modo, a APA V apoia todas as vítimas de crime e, por ano, contactamos com vítimas de cerca de 80 crimes diferentes.
Dão apoio a vítimas de todo o tipo de criminalidade penal?
De um modo mais formal, a APA V apoia as vítimas de infrações penais. Estamos a falar de questões tão distintas como o apoio a familiares ou amigos de vítimas de homicídio, de crianças e jovens vítimas de violência sexual, ..In Anuário 2024
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