“Hoje, os tempos são de confiança para alguns e de falta dela para muitos outros. Se, de um lado, temos um emissor, representado pelos principais decisores políticos, que tenta a todo o custo passar uma mensagem de confiança e de esperança ao país, do outro temos um receptor - composto pelos decisores económicos, as empresas, as famílias e as pessoas em geral - que ao assimilar a informação recebida a interpreta como falta de confiança. Salva-se a parte da esperança, “que é sempre a última a morrer”, e que, de certa forma, o conforta e o faz acreditar…
…Vivemos muito tempo com endividamentos excessivos e “com fiança” em demasia. Hoje, para termos fiança, temos de dar confiança e mais uns “trocos” de juros adicionais. O tecido empresarial precisa de financiamento, mas os meios são cada vez mais escassos. A banca tradicional que, durante muito tempo assumiu esse papel, tem agora mais dificuldades. Chegou o tempo dos capitais próprios falarem mais alto e do capital de risco ganhar peso. Venham os “Angels” com a partilha de risco e resultados... O verdadeiro sentido do empreendedorismo terá de ganhar mais destaque, assim como a racionalidade e o foco em projectos com verdadeiro “valor”, percebido pelos clientes. As regras mudaram, precisamos de ser mais atentos e acreditar que nos momentos de crise também há oportunidades. ”…João Moura – Director da In-Lex, In Anuário 2012
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