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ISTO ANDA TUDO LIGADO
Como guiará Donald Trump a política económica e as relações externas dos Estados Unidos da América neste primeiro
ano de mandato? De que modo evoluirá o processo de saída do Reino Unido da União Europeia? E que desfecho terão
eleições em França, Alemanha, Holanda, Itália?
Vive-se hoje um clima de incerteza que está longe de criar a confiança necessária ao investimento, de que depende o
crescimento económico e a criação de emprego e de riqueza.
Há uma expressão tornada popular que já deu título a um livro [de Eduardo Guerra Carneiro] e a uma canção [de Sérgio
Godinho], mas que assenta igualmente na perfeição sobre a forma como o mundo globalizado funciona: “Isto anda
tudo ligado”.
Ou seja, o comportamento da economia internacional, sujeito às dúvidas referidas, irá determinar o que vai passar-
-se neste país periférico, com elevadas dívidas pública e privada e amarrado aos humores dos mercados e do Banco
Central Europeu para se financiar.
É verdade que apesar de muitas nuvens negras, existe alguma expectativa em torno da possível estabilização do sis-
tema financeiro português. E olha-se igualmente com atenção para regresso do investimento público, apoiado por
fundos comunitários. A nível interno, haverá, em todo o caso, a necessária estabilidade política, para que se consolide
um caminho de retoma económica?
“Isto anda tudo ligado” e, precisamente por isso, é neste contexto carregado de dúvidas, quer no plano internacional,
quer a nível interno, que terá de trabalhar o sector representado nesta 12.ª edição do In-Lex.
Há, apesar de tudo, algumas boas notícias da chamada advocacia de negócios - um mercado que funciona como uma
espécie de barómetro da actividade económica. E a verdade é que os serviços jurídicos que de forma sustentada têm
sido pedidos às sociedades de advogados - nas áreas de fusões e aquisições, do imobiliário, do turismo ou do apoio ao
investimento - correspondem ao perfil de uma economia em fase de retoma.
Tempo de orientação
Gaivotas em terra, tempestade no mar. A sabedoria popular parece estar alinhada com a previsão dos analistas políti-
cos para os tempos que se avizinham: vem aí tempestade! No que a efeitos diz respeito, as opiniões divergem entre o
“depende” e o “talvez”, em parte por estarem calejados de um passado recente em que a adivinhação teria melhores
resultados e pela dificuldade de análise de uma conjuntura externa muito complexa, sem precedentes e em perma-
nente mutação, à velocidade de um
twitter
. Uma coisa é certa: a incerteza. Que
per si
já é uma tempestade.
O nosso Portugal, país pequeno e virado para o mar, sofre destas coisas. Qualquer tempestade vem cá parar. E esta não
vai ser excepção. Estamos perante uma envolvente externa extremamente imprevisível, com uma enorme incerteza
política, e são tantas as variáveis que se podem cruzar, que acabam por remeter para um plano secundário os factores
económicos que, por sinal, até já começavam a dar um ar da sua graça.
Olhando para a última década concluímos que foram mais as intempéries do que a bonança, e também sabemos que
qualquer constipação lá fora, facilmente se transforma em gripe cá dentro. Será que só nos resta a resignação? Nós
conseguimos fazer mais, melhor e diferente. É preciso dinamizar a economia, trabalhar, inovar e acreditar. Que o digam
as sociedades de advogados apresentadas nesta 12ª edição do In-Lex, que conhecem de perto os desafios do tecido
empresarial português, seus clientes, que anseiam por uma estabilidade política, económica, financeira e legislativa -
factores essenciais a um clima favorável ao investimento.
Temos bons exemplos que nos provam que mesmo nas tempestades conseguimos encontrar oportunidades. Com o
mar bravo fecham-se as barras e os barcos recolhemàs docas, mas eis que surge o homemnovo a enfrentar Tempestades
Perfeitas com uma prancha de surf e a colocar as ondas de Portugal no mapa do Mundo. Que se multipliquem exemplos
destes e Portugal ficará mais forte. Haja condições e orientação! E emmatéria de orientação jurídica, imprescindível nos
dias de hoje, o tecido empresarial Português está bem suportado. Assim o demonstram as 141 sociedades de advoga-
dos representadas neste In-Lex 2017, preparadas para acompanhar os clientes nos desafios que se aproximam. Mais do
que uma lista, é a bússola do sector. Aqui irá encontrar as coordenadas certas para a sua orientação jurídica.
editorial
Raul Vaz
Director do Jornal de Negócios
joão moura
Director da In-Lex
